Mundial 2014

"Aconteça o que acontecer, não me demito"

O selecionador nacional, Paulo Bento, anunciou hoje que não se demitirá após o jogo com o Gana, mesmo que a equipa seja eliminada na primeira fase do Mundial, falhando dessa forma o principal objetivo para o torneio.

(Lusa)
JOSE SENA GOULAO

"Aconteça o que acontecer não me demito do cargo de selecionador nacional,  porque não é a minha intenção, não é a intenção da Federação Portuguesa  de Futebol e não a intenção do seu presidente", disse, com firmeza, Paulo  Bento durante a conferência de imprensa realizada no Estádio Nacional, em  Brasília, palco do jogo de quinta-feira. 

O treinador assumiu-se como "único responsável pelo que se está a passar"  no Brasil e pelo eventual falhanço na qualificação para os oitavos de final,  mas lembrou que o âmbito do seu contrato como selecionador português ultrapassa  o Mundial2014. 

"Sei qual é a minha responsabilidade e sei que em abril cheguei a acordo  com a federação e que esse acordo não tinha só a ver com os resultados no  Campeonato do Mundo, mas também com o objetivo para  1/8o Europeu de 3/8 2016",  assinalou. 

Paulo Bento explicou que, após a competição, irá "analisar" o que correu  mal no Brasil, mas não deixou dúvidas sobre o grau de comprometimento com  a equipa das "quinas": "O meu sentimento hoje é, precisamente, o mesmo que  tinha antes do jogo da Suécia, quando transmiti o orgulho e satisfação que  tenho em estar na seleção nacional". 

O técnico reafirmou a "total confiança" no departamento médico da seleção,  cujos jogadores sofreram várias lesões musculares durante o estágio e a  fase final da prova, considerando um "facto normal" e "pacífico" a defesa  da sua posição que foi assumida na terça-feira pelo vice-presidente federativo  Humberto Coelho. 

"Nem era preciso que o fizesse, porque tem sido feito de forma permanente.  Antes do jogo da Suécia ou quando estávamos num momento extremamente complicado,  como foi o caso do jogo no Azerbaijão e em Israel. Nunca falhou e agora  também não", notou. 

Para conquistar o apuramento para os oitavos de final, Portugal, último  classificado, precisa não só de golear na quinta-feira a seleção africana,  como de esperar que o resultado do outro jogo do Grupo G, entre a líder  Alemanha e os Estados Unidos, segundos colocados, não termine com um empate.

O primeiro encontro entre as seleções de futebol de Portugal e do Gana  realiza-se na quinta-feira, no Estádio Nacional, em Brasília, com início  às 13:00 (17:00 em Lisboa) e será dirigido pelo árbitro do Bahrain Nawaf  Shukralla. 

 

Lusa