Em conferência de imprensa realizada no Rio de Janeiro, à margem do Mundial de futebol, Claudio Sulser, presidente da comissão de disciplina da FIFA, disse que impedir o treino ou uma eventual transferência seria "um castigo desproporcionado" e que "não se podem limitar esses direitos do jogador".
A FIFA confirma também ter recebido por parte da federação de futebol uruguaia (AUF) um recurso relativo ao castigo de Suárez. "Não podemos fazer mais comentários sobre esse dossier (Suárez), porque um recurso foi apresentado", disse Sulser.
A AUF tinha até domingo para recorrer do castigo a Luis Suárez por ter mordido o italiano Giorgio Chiellini, em jogo da terceira jornada da fase de grupos do Mundial2014.
Na mesma conferência de imprensa, que serviu para lançar as jornadas de luta contra o racismo, nos quartos de final da prova, os antigos jogadores Cafú, do Brasil, e Dwight Yorke, de Trinidad e Tobago, manifestaram o seu acordo pelo castigo aplicado a Suárez.
"É algo que não deve acontecer no terreno de jogo e que tem de ser castigado" disse Cafú, com Yorke a afirmar que "era necessário um castigo". "Seguramente que a comissão de disciplina fez um estudo cuidadoso para aplicar a sanção adequada. Como jogador, não gostas que te mordam, cuspam ou batam, é necessário que exista um comportamento correto em campo e os castigos devem transmitir essa mensagem", acrescentou o trinitário.
Lusa
