Orçamento do Estado 2013

Orçamento Retificativo só deve ser apresentado na segunda metade de maio

O Orçamento Retificativo só deve ser enviado  para a Assembleia da República na segunda metade do mês de maio, antevê  o secretário de Estado do Orçamento, que avisa que este será um exercício  especialmente complexo. 

TIAGO PETINGA

"Não prevejo que o orçamento retificativo seja entregue na Assembleia  antes de meio do mês de maio. Faço notar que este Orçamento Retificativo  é particularmente complexo. Ao contrário daquilo que é habitual num Orçamento  Retificativo, em que há um conjunto limitado de alterações orçamentais e  impactos sobre serviços, do que estamos aqui neste caso a falar é de uma  alteração muito substancial do Orçamento do Estado que afeta todos os organismos  da Administração Central", afirmou. 

Luís Morais Sarmento, que explicou os cortes acordados na reunião do  Conselho de Ministros que terminou na madrugada de hoje, considerou que  este orçamento será "muito mais complexo do que aqueles que habitualmente  são realizados" e que por isso os serviços vão precisar mais tempo para  que este seja feito. 

"Teremos certamente, pelo menos, três a quatro semanas de trabalho",  afirmou Morais Sarmento. 

Este documento terá de acomodar pelo menos os cortes de 0,5% do Produto  Interno bruto, cerca de 820 milhões de euros, nos diversos programas orçamentais  acordados na reunião do Conselho de Ministros, a forma como será devolvido  o subsídio de férias que estava suspenso (passa a ser o que está a ser pago  em duodécimos e o de natal volta a ser pago em novembro por completo como  é habitual) e as taxas sobre os subsídios de férias e doença. 

O Governo terá de compensar um buraco de pelo menos 1.326 milhões de  euros que se abriu com o chumbo do Tribunal Constitucional a quatro normas  do Orçamento do Estado para 2013, sendo que a 15 de março o ministro das  Finanças já havia anunciado que seria necessário avançar com medidas na  ordem dos 500 milhões de euros para cobrir o desvio na execução orçamental  derivado da revisão em baixa do cenário macroeconómico. 

Luís Morais Sarmento foi questionado sobre qual o valor que o Governo  terá de avançar para tapar o buraco deixado tanto pelo Tribunal Constitucional  como pela revisão do cenário macroeconómico mas não explicou qual é o valor  em causa. 

 

Lusa