Orçamento do Estado 2013

PSD e CDS aprovam sozinhos segundo Orçamento Retificativo de 2013

Os deputados da maioria parlamentar aprovaram  hoje, sozinhos, o segundo Orçamento Retificativo para 2013, com toda a oposição  a votar contra o diploma, na votação final global. 

(Lusa)
TIAGO PETINGA

O documento, que foi apresentado a 15 de outubro, em simultâneo com  a entrega do Orçamento do Estado para 2014 na Assembleia da República, recolheu  os votos contra do PS, do PCP, do BE e dos Verdes, tendo o PSD e o CDS votado  a favor. 

A segunda alteração ao orçamento para este ano foi apresentada menos  de meio ano depois de o Governo ter feito a primeira alteração na sequência  do chumbo do Tribunal Constitucional a quatro normas do orçamento (entre  elas a suspensão do subsídio de férias a trabalhadores em funções públicas  e pensionistas) que deixaram um buraco nas contas na ordem dos 1.326 milhões  de euros. 

No debate parlamentar na generalidade, que decorreu na semana passada,  a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque explicou aos deputados que  esta segunda alteração do orçamento acontece porque as poupanças esperadas  com a execução de fundos comunitários ficaram abaixo do esperado, a receita  com a concessão de portos passou a estar prevista para 2014 e foi revista  em baixa a receita contributiva para a Caixa Geral de Aposentações. 

Do lado da despesa, foi preciso transferir mais dinheiro do orçamento  para a Caixa Geral de Aposentações para compensar a perda de receita contributiva,  também foi necessário transferir mais dinheiro para a União Europeia, devido  aos reforços feitos no orçamento comunitário, e para a Segurança Social,  para cobrir maiores encargos com pensões. 

Apesar destes fatores a agravar as contas, Maria Luís Albuquerque garantiu  que as contas do Estado estão no bom caminho e que, para compensar estes  desvios face às estimativas do primeiro retificativo, o Governo já anunciou  o regime excecional de regularização de dívidas fiscais e à Segurança Social.

O Governo conta também com uma melhor receita fiscal que a esperada  e menores encargos com juros. 

 

Lusa