A Câmara de Lisboa anunciou hoje, na apresentação do orçamento para 2015, a criação, além de uma taxa turística sobre dormidas e chegadas, da Taxa Municipal de Proteção Civil, com a qual pretende arrecadar 18,9 milhões de euros.
Segundo a autarquia, os munícipes não terão um acréscimo de despesa com esta taxa, uma vez que deixa de existir isoladamente a Taxa de Conservação e Manutenção dos Esgotos, agora integrada na do saneamento.
Em Lisboa, existe atualmente apenas uma taxa que engloba o saneamento básico e a recolha de resíduos urbanos e que está incluída na fatura da água. O que a autarquia quer fazer é autonomizar estas tarifas.
"Estamos perante um colossal aumento de impostos, taxas e taxinhas", reafirmou o vereador do PSD.
António Prôa referiu que "há um aumento global de 71 milhões de euros entre taxas e taxinhas no orçamento face ao orçamento inicial do ano passado", nomeadamente "há tarifas e impostos que sobem como o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), o imposto de circulação e o Imposto Municipal sobre Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT)".
Também o presidente da concelhia de Lisboa do PSD, Mauro Xavier, em declarações à Lusa, criticou o "brutal aumento de impostos" do Orçamento hoje apresentado, que representa, "mais 250 euros em média por ano para cada lisboeta".
O dirigente social-democrata mostrou-se também "totalmente contra a taxa da Proteção Civil e a taxa turística [sobre dormidas e chegadas]".
No entanto: "No PSD Lisboa não ficámos surpreendidos com o aumento brutal de taxas, e verificamos com pena que se afetam setores como o Turismo e os munícipes", afirmou.
Mauro Xavier lamentou ainda que continue "sem haver investimento para o problema das cheias de Lisboa".
O PSD está "desapontado e desiludido com o Orçamento", rematou.
Lusa