Operação Fizz

Operação Fizz: advogado e arguido Paulo Blanco pede afastamento de juíza da Relação

Operação Fizz: advogado e arguido Paulo Blanco pede afastamento de juíza da Relação

Juíza desembargadora que manteve a pena suspensa de quatro anos e quatro meses de prisão.

O advogado Paulo Blanco, cuja condenação no processo Operação Fizz foi confirmada em novembro pela Relação de Lisboa, requere o afastamento da juíza desembargadora que manteve a pena suspensa de quatro anos e quatro meses de prisão.

No requerimento dirigido ao Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), a que a Lusa teve acesso esta sexta-feira, além do afastamento da relatora do acórdão Maria Leonor Silveira Botelho, Paulo Amaral Blanco invoca várias nulidades do acórdão relacionadas com a transcrição da prova direta (depoimentos prestados em audiência), bem como a inobservância de prova direta.

"Existe um erro manifesto na aplicação do Direito devendo o acórdão ser retificado na parte decisória", refere o requerimento, solicitando que os juízes da Relação "se dignem julgar procedentes por provadas as nulidades (...) arguidas decretando, em consequência, a nulidade do acórdão".

Ao suscitar o afastamento da desembargadora, Paulo Blanco alega ter sido informado pela comunidade judiciária de que Maria Leonor Silveira Botelho foi "'asa' [auxiliar] do Presidente do Tribunal recorrido, Alfredo Costa, no Tribunal da Boa Hora e posteriormente no Campus da Justiça", ou seja, o juiz presidente que em 2019, no Tribunal Criminal de Lisboa, o condenou juntamente com o procurador Orlando Figueira no processo Operação Fizz.

"[Maria Leonor Silveira Botelho] mantém com o mesmo [Alfredo Costa] uma relação de grande amizade e proximidade profissional que se consubstancia em frequentes almoços e jantares em restaurantes da cidade de Lisboa e frequência d