Operação O Negativo

Três médicos constituídos arguidos nos negócios do sangue

Há mais três arguidos no chamado processo O Negativo. São médicos que tinham responsabilidade nos concursos dos derivados de sangue que estão a ser investigados. Esta manhã, Ministério Público e Polícia Judiciária fizeram buscas em diversos locais, entre os quais os hospitais de São João, no Porto, e São José, em Lisboa.

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Cinquenta inspetores da Judiciária, três procuradores do DCIAP e outros três juízes de instrução
varreram hoje vários locais à procura de provas. Residências, consultórios médicos, gabinetes de contabilidade e dois hospitais.

Durante as buscas foram constituídos três novos arguidos no processo O Negativo:

  • uma médica do serviço de imuno-hemoterapia do São José, em Lisboa
  • uma médica da mesma especialidade do São João, no Porto
  • e um médico reformado que trabalhava no Santo António, também no Porto.

Os três tiveram responsabilidades nos concursos de plasma e derivados do sangue. O Ministério Público alega que houve corrupção, recebimento indevido de vantagem e branqueamento de capitais, o que terá lesado o Serviço Nacional de Saúde em muitos milhões de euros.

No inquérito já existem outros cinco arguidos, entre os quais Luís Cunha Ribeiro, antigo presidente do INEM, que presidia os concursos, e Paulo Lalanda e Castro, o gerente da Octapharma, a farmacêutica que durante anos teve quase o monopólio do fornecimento dos produtos ao Estado.