O Presidente da República só tem que se pronunciar sobre o Orçamento do Estado depois da votação final global, quando este chegar a Belém, com as alterações que serão feitas na especialidade.
Contudo, no momento em que os partidos votaram na Assembleia da República o documento na especialidade, Marcelo Rebelo de Sousa - que visitou uma exposição sobre o resgate de migrantes no Mediterrâneo - não quis deixar de se referir ao tema do dia.
"É o pior dos momentos para haver crises económico-financeira ou política", disse, num claro aviso a que nenhum partido tenha a tentação de provocar um chumbo no Orçamento.
"Toda a gente sabe o seguinte: o Presidente da República não tem poder de dissolução do Parlamento até abril e deixa de ter a partir de setembro até ao final do mandato", lembrou.
Como já tinha afirmado antes do debate, Marcelo voltou a dizer que não está preocupado com a aprovação final global, mas sublinha que espera que "haja condições para haver Orçamento e isso é uma condição de estabilidade".