"Orgulhoso dos atores e da equipa de 'The Salesman' pelo Óscar e pela tomada de posição contra a 'interdição de muçulmanos'. Os iranianos representam a cultura e a civilização há milénio", escreveu Mohammad Javad Zarif, chefe da diplomacia iraniana no Twitter.
Também o ministro da Cultura do Irão Reza Salehi Amiri elogiou a atitude de Asghar Farhadi por se ter manifestado contra "políticas tacanhas e racistas de políticos americanos novatos", segundo a agência de notícias iraniana ISNA.
No final de janeiro, Asghar Farhadi decidiu que não iria à cerimónia de entrega dos Óscares em Hollywood em protesto contra o bloqueio imposto pelo Presidente Trump que visa imigrantes de sete países de maioria muçulmana, entre os quais o Irão.
Numa declaração lida em seu nome pela engenheira e astronauta iraniana Anousheh Ansari, o realizador diz que não compareceu em solidariedade com aqueles que não foram respeitados pelo decreto anti-imigração de Trump.
"Dividir o mundo entre as categorias 'Estados Unidos' e 'os nossos inimigos' cria medo, uma justificação enganadora para a agressão e para a guerra", leu Anousheh Ansari.
Asghar Farhadi já tinha ganho o Óscar para melhor filme estrangeiro com "A Separação", em 2012.