A negação de qualquer transgressão por parte do Presidente surgiu depois de um procurador federal abrir uma investigação das suas finanças.
A denúncia foi feita no seguimento do escândalo desencadeado pelo escândalo que ficou conhecido por 'Panama Papers', onde Macri é mencionado como diretor da empresa Fleg Trading Ltd, com sede nas Bahamas, uma empresa que não consta nos seus depoimentos.
O Governo do Panamá informou hoje que executará "com a maior rapidez possível" o processo de avaliação dos seus sistemas financeiro e fiscal, o pilar da estratégia para fazer frente aos Papéis do Panamá.
A vice-Presidente e Ministra das Relações Exteriores do Panamá, Isabel De Saint Malo, é responsável pela criação de um comité de especialistas locais e internacionais que irão trabalhar para "avaliar as práticas" financeira e fiscal, o que vai ser a sua "prioridade nas próximas semanas, meses", disse hoje a vice-Presidente.
"Esta comissão irá avaliar as nossas práticas e garantir que cumprimos as normas" que o país aprovou para tornar mais "transparente" o seu centro financeiro internacional, um setor que, juntamente com a logística e o turismo, fundamentam a economia em expansão do Panamá, acrescentou.
A partir dos 'Panama Papers' , a investigação refere que milhares de empresas foram criadas em 'offshores' e paraísos fiscais para centenas de pessoas administrarem o seu património, entre eles o rei da Arábia Saudita, elementos próximos do Presidente russo Vladimir Putin, o presidente da UEFA, Michel Platini, e a irmã do rei Juan Carlos e tia do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón.
O semanário Expresso e o canal de televisão TVI estão a participar nesta investigação em Portugal.
Com Lusa