A equipa do Departamento Central de Investigação e Ação Penal aguardava há vários meses para saber qual seria a versão dos factos de Hélder Bataglia, o homem forte do Grupo Espírito Santo em Angola e no Congo, presidente da Escom e suspeito de ter passado 12 milhões para contas de Joaquim Barroca, do Grupo Lena.
Ora, Bataglia admitiu ao jornal Expresso e à TVI que as transferências foram feitas a partir do chamado saco azul do GES, a Espírito Santo Entreprises que aparece nos Panama Papers e por onde terão passado 300 milhões de euros de pagamento a destinatários não identificados.
A tese que o Ministério Público construiu ao longo do último ano está relacionada com o resort de luxo de Vale do Lobo de que Bataglia é acionista.