Vigilantes da Natureza no Parque Natural do Faial, nos Açores, Valter Medeiros e Dejalme Vargas, colocam objetos diversos em caixas à nossa frente.
Estão sujos de areia. Muitos já estão degradados ou partidos. Alguns nem sequer sabemos o que são.
Os dois homens olham com espanto para os achados que fizeram em duas praias da ilha nos últimos dois temporais que atingiram os Açores.
Quando eram pequenos apanhavam na praia castanhas-do-mar, sementes que viajam milhares de quilómetros à deriva nas correntes. Agora recolhem objetos de plástico vindos de longe, alguns sui generis, como janelas de escape dos covos de apanha de lagostas dos EUA e Canadá.
Há também produtos aparentemente novos, que podem ter caído de contentores de cargueiros, como joelheiras ainda em cabides, ou ténis de marca.