Portugal 2011

Secretário de Estado defende plano de formação como estímulo à contratação de desempregados

O secretário de Estado do Emprego, Pedro Silva Martins, defendeu hoje que o Plano de Formação para os desempregados há mais de seis meses tem como objetivo estimular a contratação e a formação.

Centro de emprego
JOAO ABREU MIRANDA

"O Governo tem a grande preocupação de resolver o problema do desemprego,  por isso vai criar este estímulo, assegurando o pagamento de cerca de 420  euros por mês, até seis meses, pela contratação de trabalhadores desempregados  há mais de seis meses", disse Silva Martins num encontro com jornalistas.

O governante esclareceu que este programa de incentivo à contratação  e formação pagará à empresa contratante o equivalente ao Indexante dos Apoios  Sociais, cabendo ao empregador completar o salário que venha a acordar com  o trabalhador contratado.   

O ministro da Economia anunciou o novo programa de contratação e formação  num debate na segunda-feira na RTP. 

O programa vai abranger 35.000 desempregados e implica um investimento  de 100.000 euros, assegurado maioritariamente por verbas comunitárias. 

As empresas que queiram contratar desempregados ao abrigo deste plano  devem manifestar o seu interesse em participar e apresentar as suas ofertas  nos centros de emprego, que deverão canalizar a oportunidade de contratação  para os desempregados inscritos. 

De acordo com dados do INE, no final do segundo trimestre deste ano  existiam mais de 460 mil desempregados nesta situação há mais de 6 meses.

Dado que o programa de formação e contratação só poderá abranger 35.000  pessoas, depois do processo de intermediação dos centros de empregos, serão  as empresas a escolher os trabalhadores que se adequem melhor as funções  em causa. 

No documento que o Governo enviou hoje aos parceiros sociais, que a  agência Lusa teve acesso, o Executivo determina que, durante o período de  concessão do apoio financeiro, a empresa deverá proporcionar "um determinado  período de formação ao trabalhador contratado" com o objetivo de reforçar  a sua qualificação e promover a sua reconversão profissional. 

Nos casos em que as empresa optem pela contratação sem termo, "o apoio  poderá ser majorado". 

Para obterem este apoio as empresas têm de ter as suas contribuições  para o fisco e a segurança social em dia e registar uma variação líquida  positiva do número de trabalhadores durante o período em que recebem o subsídio.

Lusa