O candidato recomendado pelo PS, que discursava numa ação realizada no complexo das Piscinas Municipais de Aljustrel, reiterou que não está na campanha para as presidências para se resignar e que o seu programa eleitoral é a própria Constituição.
"É este o presidente que eu serei, o guardião e o promotor dos valores da nossa Constituição", frisou, criticando a postura de Cavaco Silva, que, às vezes, "mais parecia querer ser um primeiro-ministro", enquanto noutras, em que o país precisava dele, "se escondia".
O antigo reitor da Universidade Nova de Lisboa considerou que a política "não serve para justificar o que já existe, para nos resignarmos" e insistiu na ideia de que é necessário "abrir a democracia para além das estruturas tradicionais".
Referindo-se à campanha daquele que já assumiu ser o seu principal adversário, Marcelo Rebelo de Sousa, observou que não anda "sozinho a passear-se alegremente" por todo o lado, mas sim a ouvir as reclamações e os anseios das pessoas.
À chegada a Aljustrel, Nóvoa prestou uma homenagem aos combatentes da Guerra Colonial, num monumento erguido junto ao local onde decorreu um pequeno comício, no qual intervieram também o presidente da autarquia local e a mandatária para o distrito de Beja.
Após o discurso, o candidato juntou-se aos grupos corais de Cante Alentejano "Mineiros" e "Cigarras" e entoou alguns versos.
À tarde, o candidato prossegue o quarto dia da campanha em Lagos, Portimão e Faro.