Protestos em Hong Kong

Protestos em Hong Kong fazem "retroceder a democracia", publica o jornal do PC chinês

O Diário do Povo, jornal do órgão central do Partido Comunista chinês, acusa hoje os manifestantes de Hong Kong de "fazerem retroceder a democracia".

Os manifestantes tinham feito um ultimato para que o chefe do Governo de Hong Kong se demitisse até às 23:30h, caso contrário ameaçavam invadir edifícios do Governo, para onde as autoridades mobilizaram um forte dispositivo policial.
© Tyrone Siu / Reuters

O jornal renovou as suas críticas ao movimento pró-democracia em três artigos diferentes.

"É um princípio básico da democracia não se permitir que uma pequena minoria viole o espaço público e o interesse público através de meios ilegais", escreve o jornal.

"Nesta perspetiva, o movimento 'Occupy Central' em Hong Kong é completamente contrário aos princípios democráticos e está a fazer retroceder a democracia", pode ler-se.

A emissora pública de televisão, CCTV, que durante a maior parte da semana passada impôs um 'quase-apagão' na cobertura dos protestos, dedicou mais de 10 minutos a Hong Kong na emissão da manhã de hoje.

A peça televisiva mostrava os funcionários públicos a voltarem ao trabalho, bem como entrevistas com vários residentes que se opõem ao protesto e com agências de turismo locais condenando o impacto que as manifestações tiveram no seu negócio.

No entanto, continuam a ser censuradas as imagens dos protestos em si, tal como a cobertura noticiosa de meios de comunicação internacionais.