Revista do Ano 2019

"2019. O ano da boa vida de Slow J"

"2019. O ano da boa vida de Slow J"
Rita Carmo

Desde que João Baptista Coelho escolheu apresentar o alter-ego ao mundo em 2015, que a vida do então, sonhador, não voltou a ser a que era, quando meditava sobre uma arte que aprendeu a domar.

O disco “The Art of Slowing Down” foi o primeiro manifesto musical de Slow J e o público não o leu devagar.

Quando falámos com ele em 2017, antes de se estrear no Super Bock Super Rock, dizia que “a forma como os fãs se relacionam com artistas, é como fazer um novo amigo, primeiro apresenta-se, diz-te o nome, até ao ponto em que já o decoraste”. Quem o viu e ouviu, decorou as letras sobre as experiências de vida que deu a conhecer com temas como “Pagar as Contas”, ao ritmo de uma batida que mistura Hip-Hop com Semba e música eletrónica.

O desejo de uma “Vida Boa” transformou-se num tema ouvido milhões de vezes e um dos mais esperados nas atuações de Slow J.

Um sucesso que começou com sonhos escritos num caderno quando vivia com os pais, cumpridos 3 anos depois, agora com casa, estúdio próprio e a criar um filho.

A música mudou a vida de João Coelho e Slow J voltou a recordar a voz do caderno de sonhos do músico que não esperou por ninguém para lançar o segundo disco de surpresa, em 2019.

“You Are Forgiven” juntou os pensamentos do jovem introvertido num conjunto de temas que não deixou ninguém indiferente.

Aos 27 anos Slow J conseguiu um lugar cativo no Hip-Hop nacional com um estilo que desafia uma definição para o artista que terminou o ano a subir pela primeira vez ao palco do Coliseu dos Recreios em Lisboa.

Enfrentou a mítica casa de espetáculos lisboeta sozinho, com o público a preencher o resto do espaço lotado para o ouvir.

Um concerto que o músico conquistou com uma emoção que promete não abrandar. Foi mais uma promessa cumprida no caderno de sonhos de Slow J que “só queria sorrir” e terminou o ano a mostrar que quer a música a “aquecer os pés” e o futuro promete.