A organização também exorta os EUA e a UE a exigir uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir as medidas a tomar contra a escalada da violência na Síria, em particular na passada sexta-feira.
Nesse dia, segundo a Human Rights Watch, as forças de segurança sírias mataram pelo menos 76 pessoas, embora o número possa ascender a 112, segundo as listas dos ativistas sírios de direitos humanos.
De acordo com testemunhos recolhidos pela HRW, as forças de segurança abriram fogo em quatro cidades (Homs, Esdras e Madamiya Duma) contra os manifestantes sem adverti-los. No domingo, voltaram a disparar durante alguns funerais realizados em Barza, Duma e Esdras, matando pelo menos outras 12 pessoas, segundo a imprensa.
"Após o massacre de sexta-feira já não é suficiente condenar a violência", disse Joe Stork, vice-diretor adjunto da secção do Médio Oriente e Norte da África da Human Rights Watch.
"Confrontada com a estratégia das autoridades sírias que se resumem em atirar para matar, a comunidade internacional deve impor sanções a qualquer pessoa que tenha dado e aprovado tais ordens", defende.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, condenou veementemente a repressão brutal das forças sírias na passada sexta-feira e apelaram às autoridades desse país que deixem de usar a violência contra os manifestantes.
Milhares de pessoas protestam na Síria desde meados de março contra o regime do presidente sírio Bashar al-Assad, que reprimiu duramente os protestos e anunciou algumas reformas políticas, consideradas insuficientes pela oposição.
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico)
Lusa