"A Polícia Federal, em conjunto com a Polícia Civil de Goiás, cumpriu hoje um mandado de internação do menor envolvido na Operação Hashtag", lê-se numa nota da Polícia Federal, que faz referência à operação policial que determinou a detenção de 12 suspeitos de planearem ataques durante o maior evento desportivo do mundo.
Segundo o comunicado, "após verificar a participação do adolescente de 17 anos no grupo investigado, a Polícia Federal noticiou o facto às autoridades estaduais de Goiás, em obediência ao que dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente".
"A medida foi tomada pelo Juizado da Infância e Juventude de Goiás, que determinou o recolhimento do menor em instituição pública adequada", informou a polícia, sem adiantar mais detalhes.
A Procuradoria da República no Paraná informou, a 21 de julho, que alguns dos detidos temporariamente no âmbito da Operação Hashtag realizaram "o batismo ao [grupo 'jihadista'] Estado Islâmico, juramento de fidelidade exigido pela organização terrorista para o acolhimento de novos membros".
Segundo a nota da Procuradoria divulgada na ocasião, a prisão temporária foi tomada "para garantir a segurança e a paz pública necessárias à realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016", que decorrem de 05 a 21 de agosto.
A Procuradoria esclareceu ainda que, "embora se tenha constatado indícios de atos preparatórios pelo grupo, não houve notícia de atos concretos para a realização de ataque terrorista".
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, classificou, na altura, o grupo de "amador".
Na quinta-feira, foi detido outro brasileiro, um muçulmano não praticante de 34 anos e filho de uma família tradicional de comerciantes libaneses que tinha envolvimento com entidades terroristas desde o Campeonato do Mundo de Futebol em 2014, no Rio de Janeiro, mas sem ligação aos detidos na Operação Hashtag.
"Ele saiu do Brasil, esteve na Síria e fez juramento ao Estado Islâmico", disse o ministro da Justiça e Cidadania do Brasil, Alexandre de Moraes, na quinta-feira.
Também na semana passada, a especialista norte-americana em contra terrorismo Rita Katz alertou que extremistas islâmicos publicaram no serviço de troca de mensagens Telegram recomendações de 17 técnicas para atentados durante os Jogos.
Lusa