Cristiana Reis

Jornalista

SIC 25 Anos

Missão Rock in Rio Brasil

Estivemos quase 15 dias no Rio de Janeiro. Bem longe de casa. Mas, depois desta edição do Rock in Rio, voltámos, os três, mais crescidos profissionalmente e com uma relação de amizade que é difícil encontrar quando já somos adultos.

Ana Rita Sena, Odacir Júnior e Cristiana Reis
Ana Rita Sena, Odacir Júnior e Cristiana Reis
Cristiana Reis/SIC

Comecemos pela equipa. A Ana Rita Sena, a Cristiana Reis e o Odacir Júnior. Para as duas primeiras, o Rock in Rio no Brasil representou a estreia num grande trabalho no exterior, para o último a única novidade era a equipa que ia consigo. O encontro entre estreias e experiência foi o nosso ponto de equilíbrio no terreno. O que nos trouxe uma amizade e cumplicidade foram os momentos que não se viram nas reportagens. E as gargalhadas constantes e camaradagem compensaram o cansaço. Vamos contar alguns, em pequenos textos.

HAJA PERNAS PARA TANTO RECINTO

O recinto tinha o dobro do da última edição do festival: 300 000 metros quadrados! Como os nossos motivos de reportagem não estavam sempre no mesmo local, tínhamos de percorrer tudo várias vezes por dia, com material às costas.

Quando o recinto estava vazio e era de dia, o cansaço das pernas estendia-se ao resto do corpo por causa do sol intenso; quando o recinto estava cheio e era de noite, era uma verdadeira aventura abrir caminho por entre a multidão com a câmara, tripé e mochila com material! No primeiro fim de semana de Rock in Rio foi esta a nossa vida, mas no último descobrimos que tínhamos acesso a uns corredores técnicos...e aí, bem, começou outro capítulo.

Alguns elementos do staff tinham um carrinho de golfe e nós, claro, aproveitamos logo para pedir boleia...desculpem, carona. Então, andávamos os três carregados com material a correr e a gritar que nem loucos atrás desses nossos salvadores até que eles parassem.

"BUENOS TRABAJOS vs. SO YOU SPEAK ENGLISH?"

Pois. A maior parte dos brasileiros com que nos cruzámos não percebe português. Às vezes usávamos o tradutor que levámos (ok, isto é uma piada porque o nosso repórter de imagem, o Odacir Júnior, é brasileiro), mas quando falávamos ouvíamos respostas como "Buenos trabajos" ou "Do you speak english?".

Cada vez que era preciso fazer uma entrevista com os festivaleiros havia a tendência para perguntar em português, eles não entendiam e mudava-se para uma espécie de brasileiro... que depois, na hora de ver as imagens para editar a peça, soavam a um "portunhol-com-açúcar" que nos alimentou muitas gargalhadas.

À ESPERA DOS GUNS N' ROSES...EM IMAGENS

E aquela noite em que os Guns N' Roses nos puseram à espera da autorização para usarmos as imagens do concerto até às 5 da manhã? A banda norte-americana foi uma das mais aguardadas da edição deste ano. Deram quase 4 horas de concerto e ninguém da equipa respondeu antes do concerto terminar... nem depois! (Aqui temos de recordar que no Rio de Janeiro são menos quatro horas do que em Portugal. Ora, para a nossa reportagem entrar no Jornal das 6 da manhã, na SIC Notícias...precisávamos de a enviar, no máximo, até às 2 da manhã, hora local).

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ESPALHAR O NOME DA SIC

Éramos apenas uma equipa de três pessoas. Mas foi muito reconfortante percebermos que andámos tanto por aquele recinto, fizemos tantas entrevistas e fomos a tantos sítios que ao fim de alguns dias, já havia, entre o público, quem visse o micro ou a câmara da SIC a passar e dissesse: "é a televisão portuguesa!".

Pela nossa parte, pelo orgulho que temos em fazer parte desta casa... é muito bom sentir que contribuímos para o nome da SIC chegar a mais pessoas. Por isso, obrigada e parabéns pelos teus 25 anos.

A equipa,

"Ana Rita Sena, Odacir Júnior e Cristiana Reis...a SIC no Rio de Janeiro"