Sismo no Japão

Acidente nuclear de Fukushima passa para nível máximo, como o de Chernobyl

A Agência de Segurança Nuclear Japonesa elevou para o nível 7 o acidente na central nuclear de Fukushima, colocando-o no mesmo grau de gravidade da catástrofe de Chernobyl, noticiou a AFP. No entanto, a agência precisou que o nível das emissões radioativas registado desde o início do acidente nuclear de Fukushima equivalia a 10% das medidas em 1986 depois da catástrofe na central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia.

As medidas disponíveis quanto à radioatividade libertada da central de Fukushima "mostram níveis equivalentes a 7" (na Escala Internacional Nuclear e Radiológica, INES), disse uma fonte da Agência de Segurança Nuclear Japonesa, um organismo oficial.



"Vamos continuar a vigiar a situação. Trata-se de um nível provisório", adiantou a fonte, esclarecendo que a decisão definitiva de classificar o acidente no nível 7 será tomada por uma comissão de peritos.



"Em termos de volume de emissões radioativas, as nossas estimativas avaliam-nas em cerca de 10% das libertadas em Chernobyl", referiu a fonte.



A Escala Internacional Nuclear e Radiológica (INES, na sigla em inglês) foi adotada em 1990 pela Agência Internacional de Energia Atómica Nuclear com o objetivo de proporcionar uma informação mais imediata em caso de acidentes nucleares.



O nível zero da escala corresponde à ausência de anomalia, enquanto o nível 7, o mais elevado, traduz um acidente de gravidade, como o registado em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.



Até ao momento, a Agência de Segurança Nuclear Japonesa tinha classificado no nível 5 o acidente na central nuclear de Fukushima, registado no seguimento do sismo de magnitude 9 que atingiu a costa nordesde japonesa, no passado dia 11 de março, e sequente tsunami.



Lusa