Putin, que falava durante uma conferência de imprensa em Bruxelas, no final da cimeira União Europeia-Rússia, afirmou que não tem "divergência política" com a Ucrânia, mas que é o "interesse comercial que domina".
Questionado sobre se Moscovo irá rever os seus acordos com a Ucrânia sobre empréstimos e energia, caso a oposição, pró-europeia, chegue ao poder, Putin respondeu: "Nós não o faremos". "Mas o que é importante para nós é que a economia ucraniana tenha crédito", acrescentou.
Sublinhando que Moscovo ofereceu 15 mil milhões de dólares (11 mil milhões de euros) a Kiev, o Presidente russo referiu que a Rússia "quer ter a certeza de que irá recuperar o seu dinheiro". Sobre o pedido da Ucrânia para ter mais tempo para pagar a sua dívida de gás, Putin considerou que tal seria "muito difícil de fazer".
Os presidentes do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, defenderam o acordo de associação com a União Europeia que a Ucrânia recusou assinar em novembro do ano passado, sob pressão da Rússia.
Os responsáveis anunciaram que a UE e a Rússia decidiram realizar "consultas bilaterais" a especialistas para estudar as "consequências económicas" deste acordo.
Lusa