Crise na Ucrânia

Parlamento russo apela a Putin que proteja "por todos os meios" população da Crimeia

A câmara baixa do parlamento russo (Duma) pediu  hoje ao chefe de Estado, Vladimir Putin, para "proteger por todos os meios"  a população da Crimeia na península ucraniana pró-russa, anunciou o presidente,  Serguei Narichkine. 

© Baz Ratner / Reuters

"Os deputados apelam ao Presidente que tome medidas para estabilizar  a situação e proteger, por todos os meios, a população contra a arbitrariedade  e a violência na Crimeia", declarou o presidente da Duma, a propósito do  território do Sul da Ucrânia, onde a maioria que fala russo se opõe à nova  autoridade de Kiev. 

"Soubemos hoje, com preocupação, que houve tentativas de grupos armados  de entrar em diferentes lugares, em particular de invadir o ministério do  Interior regional da Crimeia", acrescentou. 

Também hoje, o novo primeiro-ministro da Crimeia, Sergiy Aksionov, pediu  ao Presidente russo, Vladimir Putin, para ajudar a restaurar "a paz e a  calma" naquela república autónoma pró-Moscovo. 

A Ucrânia denunciou na sexta-feira uma "invasão armada" russa, com mais  de dois mil soldados, na Crimeia, península do sul do país onde se fala  russo, região que tem sido afetada por tensões separatistas e que abriga  a frota da Rússia do Mar Negro. 

Entretanto, hoje, o chefe da Defesa da Ucrânia acusou a Rússia de ter  enviado 6.000 soldados e 30 veículos blindados para a Crimeia 

O Presidente ucraniano interino, Oleksandr Turchinov, já pediu ao líder  russo, Vladimir Putin, para "terminar imediatamente a sua agressão ostensiva  e retirar os seus militares da Crimeia". 

O Governo de Kiev pediu também o apoio do Conselho de Segurança da ONU  para travar a crise na península da Crimeia e defender a sua integridade  territorial, mas avisou que tem capacidade para se defender de agressões.

A AFP noticiou hoje de manhã a presença de dezenas de homens mascarados  e com uniforme, mas sem qualquer insígnia, que tomaram posições junto ao  edifício do parlamento regional da Crimeia. 

 

     

Lusa