Crise na Ucrânia

Obama anuncia novas sanções contra a Rússia

O Presidente norte-americano anunciou hoje novas sanções contra responsáveis e um banco russos, em resposta à integração da república da Crimeia na Rússia, e ameaçou impor medidas que afetem os "setores-chave" da economia russa.

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"A Rússia deve saber que uma escalada suplementar só irá isolar  1/8o país 3/8  ainda mais da comunidade internacional", disse o chefe de Estado norte-americano,  numa breve intervenção sobre a Ucrânia, realizada a partir da Casa Branca.

Vinte nomes foram acrescentados à lista dos responsáveis visados pelas  sanções no âmbito da crise na Ucrânia, precisou, momentos depois da declaração  presidencial, o Departamento do Tesouro norte-americano. 

Na passada segunda-feira, Washington impôs sanções contra 11 responsáveis  russos e ucranianos pró-russos, incluindo o congelamento dos seus eventuais  bens nos Estados Unidos. 

Outro dos visados é o banco Bank Rossiya, apresentado pelos responsáveis  norte-americanos como uma instituição próxima do Kremlin, que detém os bens  do círculo de responsáveis mais próximo do Presidente russo, Vladimir Putin.

"Tomámos estas medidas em reação ao que a Rússia tem feito na Crimeia",  disse Obama, na mesma intervenção. 

O chefe de Estado norte-americano ameaçou ainda impor sanções que tenham  consequências sobre os "setores-chave" da economia russa caso Moscovo não  mude de comportamento. 

"Isto não é da nossa preferência", assegurou Obama, advertindo que tais  medidas terão "consequências graves" na economia russa. 

O chefe de Estado norte-americano insistiu ainda que o apoio de Washington  aos seus aliados da NATO permanece "inabalável", afirmando que pretende  passar esta mensagem durante o seu períplo por vários países europeus, agendado  para a próxima semana. 

Obama assegurou, no entanto, que a "diplomacia continua entre os Estados  Unidos e a Rússia" e que Moscovo pode ainda resolver a crise através de  uma "solução diplomática" com as autoridades de Kiev. 

Ainda em Washington, o chefe da diplomacia norte-americana, John Kerry,  afirmou hoje que espera rever o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, na próxima  semana na Europa, nomeadamente à margem da cimeira sobre segurança nuclear  que vai decorrer em Haia (Holanda) nos dias 24 e 25 de março. 

Questionado por jornalistas sobre a crise na Ucrânia, Kerry respondeu  que "pensa reencontrar o ministro dos Negócios Estrangeiros russo à margem  (...) das reuniões de Haia". 

Na passada terça-feira, Barack Obama, que vai participar na cimeira  internacional, convidou os líderes dos sete países mais industrializados  do mundo (G7) e da União Europeia (UE) para uma reunião à margem do encontro  internacional para debater a crise na Ucrânia. 

  Com Lusa