"Pretendo ser candidata ao cargo de Presidente", disse Timochenko, de 53 anos, numa conferência de imprensa em Kiev.
"Nenhum dos políticos homens ucranianos que pretendem ser candidatos à presidência compreendem a dimensão da anarquia e não estão preparados para a travar", declarou.
Timochenko salientou que pediu aos representantes do seu partido Batkivchtchina (Pátria), que estarão reunidos em congresso no próximo sábado (dia 29), para apresentarem oficialmente a sua candidatura presidencial.
A ex-primeira-ministra concorreu às presidenciais ucranianas de 2010, perdendo na altura, por uma pequena margem, para o político pró-russo Viktor Ianukovich, destituído em fevereiro último, após três meses de protestos maciços em Kiev, em defesa da aproximação do país à União Europeia (UE).
No ano seguinte, Timochenko foi condenada a sete anos de prisão por abuso de poder aquando da assinatura de contratos de fornecimento de gás com a Rússia em 2009.
Para os seus apoiantes e para alguns países ocidentais, a condenação da ex-primeira-ministra ucraniana teve motivações políticas.
Iulia Timochenko foi libertada no passado dia 22 de fevereiro, no mesmo dia da destituição de Ianukovich.
Segundo uma sondagem recente, o multimilionário Petro Porochenko surge na liderança das intenções de voto para as presidenciais de 25 de maio.
O Presidente interino ucraniano, Olexandre Tourtchinov, já afirmou que não será candidato.
As eleições presidenciais ucranianas acontecem na sequência de uma crise política que colocou o país à beira da bancarrota e levou à anexação da república autónoma da Crimeia pela Rússia.
Com Lusa