Será a terceira mesa redonda de "unidade nacional", iniciativa que se inscreve no roteiro para a paz proposto pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
"A mesa de unidade nacional é uma plataforma para o diálogo entre representantes da comunidade internacional e as autoridades ucranianas com representantes das organizações envolvidas no conflito", afirmou Taruta, segundo os 'media' ucranianos.
No entanto, o governo de Kiev, representado nas anteriores mesas redondas pelo primeiro-ministro interino Arseni Iatseniuk, rejeita categoricamente incluir nas conversações de "unidade nacional" os líderes dos movimentos de rebelião das regiões de Donetsk e Lugansk (leste da Ucrânia), que qualifica como terroristas.
O Ministério Público da Ucrânia já declarou as autoproclamadas "repúblicas populares" de Donetsk e de Lugansk como "organizações terroristas".
O governador de Donetsk designado por Kiev pediu aos representantes de outras organizações políticas e sociais da Ucrânia, bem como aos membros do processo de negociações de Genebra (Rússia, Ucrânia, União Europeia e Estados Unidos), para participarem nesta mesa redonda, realizada em plena contagem decrescente para as eleições presidenciais ucranianas, previstas para 25 de maio (domingo).
"A vossa participação será um importante sinal de apoio ao povo ucraniano, que persegue uma rápida resolução da crise e a paz", disse o representante.
No sábado passado, no final da segunda mesa redonda de "unidade nacional", realizada na cidade de Kharkov (a segunda maior da Ucrânia), o ex-presidente ucraniano Laonid Kravchuk anunciou que a terceira reunião do fórum seria realizada quarta-feira em Cherkassi (centro).
O antigo chefe de Estado ucraniano admitiu durante a primeira mesa redonda, que decorreu em Kiev, que Donetsk não oferecia garantias de segurança suficientes para acolher a iniciativa de diálogo.
Lusa