Crise na Ucrânia

Recuperados 251 corpos das vítimas do voo MH17

As equipas de resgate encontraram já 251 corpos das 298 vítimas do Boeing 777 da Malaysia Airlines que se despenhou no leste da Ucrânia, revelou o Ministério das Situações de Emergência do país.

© MAXIM ZMEYEV / Reuters

Os socorristas enviados para o local do acidente recolheram ainda 66  partes de corpos entre os escombros do avião acidentado que caiu na cidade  de Grabovo, mas cujos destroços estão espalhados por uma grande área. 

Ontem, um porta voz da Organização para a Segurança e Cooperação  na Europa (OSCE) disse que há indícios de alguns corpos possam ter sido incinerados. "Estamos a observar a área onde os motores caíram, exposta ao calor mais intenso. Não vimos quaisquer corpos, o que sugere que alguns terão sido vaporizados", afirmou Michael Bociurkiw.

Os corpos das vítimas foram transportados para vagões refrigerados num  comboio parado na estação de Torez.  Entretanto as autoridades disponibilizaram um segundo comboio para recolherem  corpos ou as suas partes das vítimas do desastre.  

O Governo da Malásia enviou sábado para Kiev uma equipa de investigação  que poderá deslocar-se para o local do acidente a qualquer momento.  

As autoridades de Kiev tentam negociar com os rebeldes pró-russos a  saída do comboio da região já que peritos internacionais consideram que  a zona não é o local ideal para analisar os corpos para que se possa proceder  à sua identificação.  
  
Os Serviços de Segurança da Ucrânia divulgaram domingo na internet uma  gravação de uma suposta conversa telefónica entre os chefes rebeldes que  incriminaria os separatistas, e também Moscovo, da ocultação de provas do  derrube do avião da Malásia.  
  
Mais tarde, Alexandr Borodái, primeiro-ministro da autoproclamada República  Popular de Donetsk, veio confirmar que as caixas negras do avião estavam  na sua pose.  
  
"No local do desastre foram encontradas peças do avião semelhantes às  caixas negras. Estão em Donetsk (...) sob minha supervisão pessoas. Serão  entregues aos peritos internacionais", acrescentou o mesmo responsável. 
  
Com Lusa