Crise na Ucrânia

MH17 une forças políticas da Malásia, habitualmente divididas

As forças políticas da Malásia, habitualmente divididas colocaram hoje de lado as diferenças ideológicas para condenar o derrube do avião da Malaysia Airlines e pedirem o julgamento dos responsáveis de um "crime hediondo".

© Samsul Said / Reuters

Com o chefe do Governo, Najib Razak, a liderar os ataques condenando  o abate do avião e classificando o ato como "violento e cruel", o parlamento  de Kuala Lumpur cumpriu um minuto de silêncio em memória das 298 vítimas,  44 das quais da Malásia. 

Najib Razak, que na terça-feira tinha anunciado um acordo inovador com  os rebeldes pró-russos, que controlam a região, para libertarem os corpos  das vítimas e entregarem as caixas negras do aparelho, acusou-os, no entanto,  não estarem a facilitar um acesso completo, bem como de não terem respeitado  o local perante normas internacionais para garantir a recolha de provas  ou que estas não fossem adulteradas. 

A tragédia do MH17 fez também recordar o desaparecimento do MH370, cujas  buscas continuam, mas sem qualquer resultado. 

Num raro gesto na política malaia, Najib Razak agradeceu aos seus opositores  o apoio recebido no caso do MH17, inclusivamente a Anwar Ibrahim, que tomou  a palavra para prometer apoio total ao chefe do governo no caso do abate  ao aparelho da Malaysia Airlines. 

"As negociações com os rebeldes poderiam gerar controvérsia (...) mas  felicito Najib porque qualquer líder tem de escolher proteger os interesses  dos que perdeu", disse Ibrahim.