"O pico de maior incidência de notificações da doença foi registado na terceira semana de fevereiro, com 16.059 casos. Na primeira semana de maio, os registos caíram para 2.053", lê-se num comunicado da tutela.
De acordo com o Ministério da Saúde, este ano "o declínio de casos começou antes do previsto, uma vez que historicamente o pico das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é em abril".
O município do Rio de Janeiro, por exemplo, teve o maior registo de casos na terceira semana de fevereiro (2.116) e, nas semanas seguintes, os dados caíram, chegando a 208 em maio, o que representa uma redução de 90%.
"De acordo com um estudo divulgado pela Universidade de Cambridge, a expectativa é de menos de um caso de infeção entre os 500 mil turistas que devem chegar para os Jogos Olímpicos", afirmou o ministro, em conferência de imprensa com os correspondentes estrangeiros.
Ricardo Barros reforçou que "o risco de zika é mínimo, principalmente pelas condições climáticas da época e pela mobilização no combate ao mosquito" no Rio de Janeiro.
Segundo o titular da pasta da Saúde, durante o Campeonato do Mundo de futebol, em 2014, as pessoas também tinham medo de vir ao país e apanhar doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, mas, durante o período, foram apenas registados três casos em turistas.
O governante adiantou que a cidade terá um reforço de 2,5 mil profissionais da área da saúde durante os Jogos Olímpicos, que decorrem entre 5 e 21 de agosto, e todos os atletas sob a responsabilidade do Comité Olímpico terão disponíveis repelentes, roupas específicas e os materiais necessários.
O vírus da zika está presente em 60 países, sendo o Brasil o país mais afetado pela atual epidemia.
Lusa