Coronavírus

Covid-19: “Alguma coisa tem de ser repensada” se internamentos e óbitos aumentarem

Opinião do comentador da SIC, Tiago Correia.

Covid-19: “Alguma coisa tem de ser repensada” se internamentos e óbitos aumentarem

Portugal antecipou a vacinação da quarta dose para quem tenha mais de 80 anos devido aos recentes números da pandemia de covid-19. Para o comentador da SIC, Tiago Correia, a situação só deve tornar-se preocupante se os internamentos e as mortes aumentarem relativamente a anos anteriores.

Os mais recentes dados apontam para cerca de 25 mil infetados com covid-19 e 26 mortos num dia, em Portugal – um indício de que, para Tiago Correia, mostra que “poderemos estar perante o início de uma sexta vaga”. No entanto, desvaloriza esse eventual acontecimento “porque depois vem a sétima e a oitava”.

“Temos de ter consciência de que o vírus não vai desaparecer e que é muito normal que tenhamos momentos em que o vírus vai estar mais intenso e outros menos”, reforçou.

A subida da incidência ainda não teve impacto nos internamentos, embora as urgências registem uma grande afluência de casos suspeitos. O comentador considera “relevante” monitorizar o impacto nos cuidados de saúde e nos óbitos e se o aumento acontecer, “é um sinal claro de que alguma coisa tem de ser repensada”.

Para já, Portugal está “claramente nos padrões de mortalidade” que já tinha, o que, segundo Tiago Correia, indica que as pessoas em Portugal que estão a morrer por covid-19 “são as que eventualmente estariam a morrer por outras causas de doença”.

“O vírus está a ser cada vez mais transmissível, mas isso não tem impacto na doença porque as pessoas estão vacinadas (…) manter a vacinação atualizada é necessário perante uma situação comunitária do vírus”, garante.

A administração da quarta dose da vacina nos idosos foi antecipada e começa a partir da próxima segunda-feira.

Em entrevista à SIC, por videochamada, o comentador deixa ainda um apelo.

“As pessoas que já tiveram uma recuperação da doença e não levaram ainda uma dose de reforço devem fazer essa dose se forem elegíveis para isso, e os grupos mais vulneráveis devem aceitar a quarta dose da vacinação”, concluiu.

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