A Direção-Geral de Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) estimam que irá haver uma diminuição da pressão nos serviços de saúde e na mortalidade associada à covid-19, devido à “redução da incidência que tem vindo a ser observada”. As autoridades de saúde portuguesas avançam ainda que a taxa de mortalidade “apresenta uma tendência estável”, o que representa uma melhoria em relação à semana anterior.
“Dada a redução da incidência que tem vindo a ser observada, é expectável que a pressão nos serviços de saúde e que o impacto na mortalidade venham a decrescer nas próximas semanas, devendo manter-se a vigilância da situação epidemiológica e recomendando-se a manutenção das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço”, pode ler-se no relatório de monitorização das linhas vermelhas, divulgado esta sexta-feira.
São vários os parâmetros de análise da pandemia que apresentam uma tendência decrescente. Um deles é a ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos, que baixou de 66% do valor crítico (definido como 255 camas ocupadas) para 52% esta semana.
O número de novos casos apresenta também uma tendência decrescente “em todas as regiões” do país, estando o R(t) abaixo de 1 a nível nacional (0,74).
Quanto ao número de óbitos, a DGS e o INSA identificaram uma melhoria: a mortalidade específica por covid-19, calculada a 14 dias, apresenta “uma tendência estável”, com 59,7 óbitos por milhão de habitantes. No entanto, “este valor corresponde a uma classificação do impacto da pandemia como muito elevado“, afirmam as autoridades de saúde.
Em relação à nova linhagem da variante Ómicron – a BA.2 – mantém-se o “progressivo aumento de circulação nas últimas semanas”, aumentando a frequência estimada para 29% a 17 de fevereiro. A tendência de propagação é ainda “crescente”.
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