O boletim semanal da Direção-geral da Saúde (DGS) indica que o número de casos positivos aumentou esta semana, assim como os internamentos. Também a incidência registou uma ligeira subida em comparação com a semana anterior, mas o relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas alerta que o Rt é agora superior a 1 em três regiões: Norte, Centro e Alentejo.
Do total de 60.083 novos casos (mais 706 em relação à semana anterior), a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) foi a que registou mais casos positivos – 20.703 (ainda assim, menos 458 do que na semana passada). Mas o destaque vai para o Norte, onde foram reportadas 16.100 novas infeções mas que correspondem a mais 2.124 do que na semana anterior.
Segue-se a região Centro com 11.762 casos (mais 588), o Alentejo com 4.102 (menos 132), o Algarve com 3.107 (menos 467), a Madeira com mais 2.240 (menos 563), e os Açores com 2.069 novos casos (menos 386 do que na semana anterior).
No que diz respeito aos internamentos que, recorde-se, correspondem à segunda-feira anterior à publicação do relatório, ou seja, a dia 18, estavam nesse dia hospitalizadas 1.207 pessoas (mais 35), das quais 46 em unidades de Cuidados Intensivos (UCI), menos 14.
Em sentido contrário, a mortalidade devido ao vírus SARS-CoV-2 desceu. Foram reportados 139 óbitos (menos nove), tendo a variação semanal sido de – 6%. A região de LVT foi a que reportou mais mortes (44), mas só a região Centro e a Madeira registaram subidas em comparação com a semana passada.
Já se encontra disponível o Relatório de Situação Semanal de 22 de abril, referente ao período compreendido entre os dias 12 de abril a 18 de abril.#Saúde #SNS #COVID19PT #estamoson #sejaumagentedesaudepublica pic.twitter.com/DjdUWd5Hce
— DGS (@DGSaude) April 22, 2022
Transmissibilidade “muito elevada” mas com “tendência estável”
Na semana passada, o relatório do Instituto Nacional Ricardo Jorge (INSA) e da DGS indicava que, tendo em conta os diferentes indicadores, a transmissibilidade do SARS-CoV-2 mantinha “muito elevada, com tendência decrescente”, um cenário que esta semana passou a “estável”.
O número de novos casos de infeção por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos sete dias, “foi de 583 casos (um aumento em relação à semana passada), com tendência estável a nível nacional“. Porém, “a região do Norte apresentou uma tendência crescente, e a região do Centro apresentou uma tendência estável. As restantes regiões de saúde apresentaram uma tendência decrescente”.
O Rt apresenta, aliás, “um valor igual a 1 a nível nacional (1,00)”, mas é “superior nas regiões Norte, Centro e Alentejo (1,08, 1,02 e 1,00 respetivamente), o que pode indicar uma inversão da tendência para crescente nestas regiões”.
Positivas são as notícias em relação ao número de pessoas com covid-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no Continente, que “revelou uma tendência decrescente, correspondendo a 18,0% (no período em análise anterior foi de 23,5%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”. Ainda assim, destacam o INSA e a DGS, “o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,18 com tendência crescente”.
Também a mortalidade específica por covid-19 baixou esta semana para “27,9 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes” e “mantém-se estável”, mantendo-se porém acima do limiar definido pelo ECDC.
Quanto a variantes, a linhagem BA.2 da variante Omicron apresenta uma frequência relativa estimada de 94,4% à data de 18 de abril de 2022, mas registou-se “a introdução e aumento de circulação da linhagem BA.5 da variante Omicron, a qual apresenta algumas mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou na sua capacidade de evadir a resposta imunitária”.
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