Apesar das taxas de infeção na Europa serem três vezes superiores face ao pico anterior da pandemia de covid-19, vários países têm anunciado um alívio das restrições. Na Catalunha, por exemplo, a partir desta sexta-feira deixa de ser obrigatório apresentar o certificado digital em vários espaços.
Poucos dias depois de ter levantado o recolher obrigatório, a Catalunha deixa cair mais restrições: a partir de agora já não vai ser necessário apresentar o certificado digital para entrar em bares, restaurantes, ginásios e lares.
Esta sexta-feira marca também o fim da imposição de um limite máximo de 10 pessoas em encontros sociais e das limitações à capacidade e aos horários de abertura nos setores da restauração, cultura e desporto.
Se em Espanha a velocidade dos contágios e as hospitalizações têm diminuído nos últimos dias, na Rússia ocorre o inverso: o país atingiu, nas últimas horas, um novo máximo de casos diários, quase 89 mil.
As autoridades de saúde russas estão preocupadas com o aumento de infeções nas crianças e com as hospitalizações de jovens com covid-19 que cresceram dez vezes nas últimas semanas.
Na Austrália, os especialistas alertam para o aumento da mortalidade: no espaço de uma semana, o país ultrapassou duas vezes o maior número de mortos desde o inicio da pandemia
O Brasil também tem registado novos máximos de casos todos os dias mas há um outro lado da pandemia, mais silencioso, que também gera preocupações.
Em São Paulo, o estado mais afetado pela crise sanitária, o número de pessoas que vivem na rua cresceu 31% desde o início da pandemia.
Somava 13 milhões e meio de pessoas no terceiro trimestre de 2021, ano que encerrou com mais de 70 por cento das famílias no país endividadas.
Jornalista – Joana Costa de Sousa