Coronavírus

Covid-19: Graça Freitas apela aos pais e educadores que vacinem as crianças

A diretora-geral da Saúde refere que ainda se verificam muitos casos de covid-19 entre as crianças e quando se compara a gravidade da doença com os efeitos secundários da vacina “vale a pena vacinar”.

Covid-19: Graça Freitas apela aos pais e educadores que vacinem as crianças

Graça Freitas voltou a apelar à vacinação das crianças esta quinta-feira. Em vésperas de um fim de semana dedicado à vacinação pediátrica, a diretora-geral da Saúde mostra-se preocupada quando existem “pouco milhares de crianças inscritas para a vacinação”.

Em entrevista à Rádio Renascença, Graça Freitas fez um apelo dirigido a pais e educadores: “Ainda estamos num período epidémico, ainda há muitos casos de doença entre as crianças e comparando a gravidade da doença com os pouquíssimos efeitos secundários da vacina vale a pena vacinar”.

A diretora-geral da Saúde reforça que a vacina é segura e que a recomendação passou por “um crivo muito importante”. Primeiro pelas “duas maiores agências do medicamento reguladoras”, a FDA, nos Estados Unidos, e a EMA, a nível europeu, e depois pelo Infarmed, em Portugal. Por outro lado refere ainda que “grandes sociedades científicas da pediatria, uma europeia e uma americana, também recomendam a vacina”.

Os dias 5 e 6 de fevereiro são dedicados à vacinação de crianças entre os 5 e os 11 anos, que vão receber a primeira ou a segunda dose da vacina da covid-19.

O agendamento da primeira dose da vacina pode ser feito no site do Ministério da Saúde dedicado à covid-19. As crianças que vão receber a segunda dose receberão uma mensagem com a confirmação do respetivo agendamento.

As crianças que recuperaram da doença podem ser vacinadas com uma dose da vacina, pelo menos, três meses após terem tido covid-19.

À Rádio Renascença, Graça Freitas diz também não ter dúvidas de que no futuro haverá um alívio das restrições. E adianta que a Direção-Geral da Saúde, o INSA, o Infarmed e o Ministério da Saúde já se encontram a “trabalhar numa fase de transição para uma nova normalidade”.

Segundo uma estimativa feita pelo Instituto Superior Técnico (IST), Portugal está prestes a atingir o pico da atual vaga da pandemia e, nas próximas semanas, vai começar a haver uma redução de infeções, internamentos e de mortes por covid-19.

O grupo de trabalho mantém a previsão de que Portugal já não ultrapassará os 2.500 doentes em enfermaria por covid-19 e os 200 em unidades de cuidados intensivos, enquanto a mortalidade “será um pouco mais alta do que o esperado pelo arrastamento do pico da incidência para o início deste mês”.

Este grupo de acompanhamento da pandemia “confirma plenamente” a previsão anterior de que, devido às pessoas vacinadas e às que foram infetadas, “depois do final de fevereiro toda a população terá alguma imunidade ao vírus”.