A história de Mick remonta ao início de 2021, quando testou positivo à covid-19, mas só agora teve coragem de contar aquilo que descreve como uma “descida ao inferno”.
Testou positivo à covid-19 e esteve em coma durante três semanas numa unidade de cuidados intensivos em Inglaterra. Ao mesmo tempo, a saúde da sua mulher, que também estava infetada, começou a deteriorar-se rapidamente e a britânica não resistiu.
Mick, em coma, só soube da notícia quando acordou.
“Sofri um AVC quando tentaram acordar-me do coma, por isso tive que ficar internado durante mais tempo. Não me apercebi, nessa altura, que a minha mulher tinha morrido”, cita a Sky News.
“Até que me disseram ‘a sua mulher morreu’ e, por essa altura, já tinha havido funeral e eu nem sequer estive presente”, lamentou.
Mas as consequências da covid-19 e de um internamento prolongado no hospital deixaram Mick com problemas de memória a curto prazo, pelo que não conseguia reter a notícia da morte da sua mulher durante muito tempo e os profissionais de saúde tinham que estar constantemente a relembrá-lo.
“Foi muito difícil, ele ficava muito triste. Quando teve alta, tivemos que reforçar a informação [de que a sua mulher tinha morrido]. Ele andava pela casa, abria os armários e ficava muito triste quando via coisas que o relembravam da mulher”, revelou o fisioterapeuta que cuidou de Mick, Daniel Street.