O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) atualizou, esta terça-feira, os dados sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2, indicando que a linhagem BA.5 da variante Ómicron não só continua a ser dominante, como a tendência crescente se mantém.
“As amostragens semanais por sequenciação (…) têm mostrado que, após a sua primeira deteção na semana 13 (28 de março a 3 de abril), a linhagem BA.5 tem apresentado uma frequência relativa marcadamente crescente, sendo dominante em Portugal (frequência relativa estimada de 78,7% ao dia 23 de maio)”, indica o INSA. Na semana passada, recorde-se, esta percentagem era de 63,6%.
Assim sendo, confirma-se a previsão feita pela INSA: “a linhagem BA.5 da variante Omicron atingiu uma frequência relativa de 80% ao dia 22 de maio”.
Já a “linhagem BA.2 apresenta uma tendência decrescente na sua frequência relativa e estima-se que represente 21,3% das amostras positivas ao dia 23 de maio”. Continua a ser “monitorizada uma sublinhagem da BA.2 (BA.2.35) (…) que desde a sua deteção a 1 de março, tem apresentado em termos globais uma frequência relativa com tendência crescente”.
Quanto à linhagem BA.1 que, lembra o INSA, “atingiu um máximo na semana 2 (95,6%, 10 a 16 de janeiro)”, (…) estima-se que a sua circulação seja residual atualmente, tendo sido detetada a uma frequência inferior a 1% desde a semana 16 (18 a 24 de abril)”. Relativamente à linhagem BA.3 “não foi detetado qualquer caso em Portugal desde a semana 11 (14 a 20 de março), enquanto que a linhagem BA.4 não foi detetada, até à data, em Portugal“.
Relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal.
— Instituto Ricardo Jorge (@irj_pt) May 24, 2022
Linhagem BA.5 com tendência crescente, representando 78,7% dos casos positivos. Linhagem BA.2 com tendência decrescente, representando 21,3% das amostras positivas.
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