Milhares de manifestantes contra a vacinação e as restrições impostas pelo Governo da Bulgária devido à pandemia de covid-19 protestaram esta quarta-feira diante do parlamento, em Sófia, tendo dezenas deles tentado invadir o edifício.
A forte presença policial impediu que os manifestantes entrassem no parlamento e alguns deles foram detidos, enquanto outros, cujo número está ainda por determinar, ficaram feridos. Quatro agentes da polícia receberam assistência hospitalar.
A violência eclodiu numa manifestação de protesto contra o uso obrigatório de máscaras e a vacinação, organizado por um grupo nacionalista.
“O objetivo do protesto é acabar com as medidas restritivas e, sobretudo, com o certificado de vacinação, que é inconstitucional”, afirmou à Associated Press Kostadin Kostadinov, líder do partido Vazrazhdane, antes do início do protesto.
O grupo nacionalista, que detém 13 dos 240 assentos parlamentares, ganhou apoio entre os opositores das restrições, que preveem a obrigatoriedade de apresentação do certificado de vacinação para aceder a bares, restaurantes e outros locais de lazer.
Os cerca de 5.000 manifestantes – 1.000 segundo as forças de segurança – agitaram bandeiras nacionais e cantaram canções patrióticas, tendo permanecido na praça diante da Assembleia Nacional, sublinhando que planeavam por ali ficar até que as suas exigências fossem atendidas.
A Bulgária, o país mais pobre da União Europeia (UE) e que está a enfrentar um novo surto de infeções, é o país menos vacinado da União Europeia (UE), com 28% dos cerca de 6,5 milhões de habitantes totalmente vacinados contra a covid-19.