A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentou esta quarta-feira três cenários de evolução da pandemia de covid-19, sendo o pior uma nova variante, mais perigosa, mas a mais provável que a doença se torne menos grave.
O cenário mais provável, disse numa conferência de imprensa online o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, será o de uma diminuição gradual da gravidade da doença, graças a uma melhor imunidade das pessoas, quer por terem sido infetadas quer por terem sido vacinadas.
A OMS publicou esta quarta-feira uma versão revista do seu plano estratégico para combater a pandemia, tendo o diretor-geral dito esperar que seja o último sobre a doença.
“Com base no que sabemos agora, o cenário mais provável é que o vírus continuará a evoluir, mas que a gravidade da doença que provoca diminuirá à medida que a imunidade aumenta com a vacinação e a infeção”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertando que os picos nas infeções poderão reaparecer e que serão por isso necessárias vacinas de reforço, especialmente em pessoas mais vulneráveis.
“Na melhor das hipóteses, veríamos surgir variantes menos severas e não haveria necessidade de novas doses de reforço e vacinas” para as combater, acrescentou o responsável. Mas “na pior das hipóteses, surge um vírus mais virulento e altamente transmissível“.
Enquanto vários países já vão na quarta dose, um terço da população mundial continua sem receber sequer uma só dose da vacina contra a doença, incluindo 83% da população de África, lamentou Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Na semana passada, mais de 10 milhões de pessoas foram infetadas e 45.000 morreram, de acordo com os números fornecidos à OMS. A OMS disse que está a rever os dossiers de 10 novas vacinas contra a covid-19, que aguardam autorização de utilização de emergência e que são de diferentes tipos.
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