Coronavírus

Covid-19: Portugal registou mais 40.090 casos e 34 mortes nas últimas 24 horas

O mais recente boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) dá ainda conta de que os internamentos não sofreram alterações.

Covid-19: Portugal registou mais 40.090 casos e 34 mortes nas últimas 24 horas

Há mais 40.090 contágios e 34 óbitos por covid-19 em Portugal. A incidência continua a subir, embora a um ritmo mais lento, e o Rt mantém a tendência de descida.

Este é o terceiro dia consecutivo em que o país reporta mais de 40 mil novos casos e é preciso recuar até ao início de março de 2021 para encontrar o número de mortes tão elevado.

A região Norte foi a que registou mais novas infeções (15.914) nas últimas 24 horas, segue-se Lisboa e Vale do Tejo (14.513), o Centro (4.589), o Algarve (1.224) e o Alentejo (1.207). Nas ilhas, foram reportados mais 2.193 casos na Madeira e 450 nos Açores.

De destacar que o número de internamentos não registou alterações desde ontem, pelo que continuam internados 1.699 doentes, dos quais 162 em unidades de cuidados intensivos.

Nas últimas 24 horas, mais 27.424 pessoas recuperaram da covid-19, fazendo subir para 1.495.733 o número total de recuperados desde o início da pandemia.

Quanto a casos ativos são agora 299.597 (mais 12.632) e há 251.832 (mais 7.600) contactos sob vigilância.

Com esta atualização, são agora mais de 1,8 milhões os casos registados e 19.237 as vítimas a lamentar desde o início da pandemia em Portugal.

Incidência segue a subir e o Rt a descer

No boletim desta sexta-feira, a DGS atualizou os dados da matriz de risco. A semana termina com a incidência a subir, mas o ritmo continua a abrandar.

A incidência é agora de 3813,6 casos (era de 3615,9) por 100 mil habitantes a nível nacional e de 3796,0 casos (era de 3615,3) por 100 mil habitantes no continente.

Quanto ao índice de transmissibilidade (Rt) desceu quer a nível nacional, quer no continente para 1,19. Na última atualização feita quarta-feira pela DGS era de 1,23.

Diretores admitem fechar escolas devido a aumento de funcionários infetados

O aumento de casos de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2 entre os assistentes operacionais das escolas está a preocupar alguns diretores escolares que admitem ter de encerrar estabelecimentos caso a situação se agrave.

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, sublinha que as escolas “fazem tudo para não fechar, mas se houver uma vaga poderá ser impossível impedir que tal não aconteça”.

Filinto Lima disse à Lusa que os diretores podem pedir aos assistentes operacionais que estão a trabalhar numa escola para irem temporariamente para outra, podem também reduzir os horários de alguns serviços, como o bar ou a biblioteca, libertando trabalhadores para outros setores.

“Podemos recorrer à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, que nos apoia colocando pessoas para colmatar estas ausências pontuais. As escolas têm reservas de recrutamento e podemos ir à lista contratar outros funcionários”, afirmou Filinto Lima, garantindo que “os diretores fazem tudo para evitar chegar a um caso dramático de fechar uma escola”.

Segundo o presidente da ANDAEP, os casos de escolas fechadas serão “pontuais e nunca generalizados”.

OMS recomenda dois novos tratamentos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou esta sexta-feira dois novos tratamentos contra a covid-19, para casos específicos, aumentando para cinco o total de terapêuticas aconselhadas.

As novas recomendações, publicadas na revista médica The BMJ por especialistas da OMS, sugerem o tratamento com anticorpos sintéticos – sotrovimab – e um medicamente usado no tratamento da artrite reumatoide – baricitinib. Ambos não são destinados a todos os pacientes, noticia a agência AFP.

sotrovimab é recomendado para pacientes que contraíram a covid-19 leve, mas correm um risco alto de hospitalização, visto que o benefício para doentes que não estão em risco é considerado muito baixo.

Já o baricitinib é recomendado para “pacientes com covid-19 grave ou crítica“, sendo que o tratamento deve ser feito “em combinação com corticoides”.

Nestes pacientes, o tratamento “aumenta as taxas de sobrevivência e reduz a necessidade de ventilação mecânica”.

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