A DGS atualizou esta quarta-feira a norma relativa à campanha de vacinação contra a covid-19, com enfoque nas vacinas em idade pediátrica. A entidade exclui, para já, a necessidade de doses de reforço a crianças. A pediatra Paula Vara Luiz considera que a norma foi “adequada”, tendo em conta a “atual realidade pandémica em Portugal”.
À SIC Notícias, Paula Vara Luiz adianta que neste momento é prioritário administrar a dose de reforço contra a covid-19 aos grupos que estão elegíveis.
“Esta dose de reforço vai influenciar a proteção das crianças. Se os adultos estiverem todos vacinados, as crianças também estarão menos infetadas e menos transmissíveis”.
Portugal encontra-se com uma das taxas de vacinação contra a covid-19 mais elevada do mundo, com quase 90% da população imunizada.
A dose de reforço da vacina pediátrica deve ser ponderada, mas para já não é prioritária. A pediatra realça que é importante ir avaliando a evolução da pandemia no país.
Os dados preliminares avançados mostram que a dose de reforço em crianças fortalece mais a proteção contra novas variantes.
Apesar da percentagem de crianças vacinadas ser baixa, a pediatra acredita que a indecisão dos pais e a infeção de crianças possam estar na origem, mas está convencida de que a taxa de vacinação pediátrica poderá subir.
À data, segundo a DGS, cerca de 45 mil crianças deixaram de estar elegíveis para a vacinação, pois “contraíram a doença” nos últimos três meses.
A pediatra Paula Vara Luiz relembra a importância da vacina contra a covid-19 e avança que das 44 crianças internadas por doença grave, a maioria não está imunizada contra a covid-19.
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