Coronavírus

Novo máximo em Portugal: mais 52.549 casos e 33 óbitos nas últimas 24 horas

Os dados constam do mais recente boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) que aponta ainda para nova subida da incidência.

Novo máximo em Portugal: mais 52.549 casos e 33 óbitos nas últimas 24 horas

Nas últimas 24 horas, Portugal registou 52.549 contágios e 33 mortes por covid-19. Os dados constam do boletim epidemiológico emitido esta quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e que indica também um novo máximo na incidência.

Só na região Norte foram reportados 22.455 novos casos. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo (16.192), e com uma distância significativa o centro (7.744), o Algarve (1.960), a Madeira (1.865), a região do Alentejo (1.502) e os Açores (831).

Com esta atualização, o total de infeções desde o início da pandemia superou a marca dos dois milhões. Já os recuperados – mais 28.825 nas últimas 24 horas – são agora mais de 1,6 milhões.

Há a lamentar mais 33 vítimas mortais, sendo a região de Lisboa a que registou o número mais elevado (15). No Norte foram registadas mais dez mortes, no Centro mais cinco, e uma no Alentejo, na Madeira e nos Açores.

Os internamentos em enfermaria continuam a aumentar. Estão neste momento hospitalizados 1.959 doentes (mais quatro), dos quais 153 em unidades de Cuidados Intensivos (menos sete do que ontem).

Ainda de acordo com o boletim da DGS há agora 356.477 casos ativos (mais 23.691) e 359.893 (mais 34.939) contactos sob vigilância.

Incidência nunca foi tão elevada, mas Rt continua a descer

No boletim desta quarta-feira, a DGS atualizou a matriz de risco. A incidência mantém a tendência e continua a superar novos máximos. A nível nacional corresponde, neste momento, a 4490,9 casos por 100 mil habitantes e a 4437,4 casos no continente.

Ainda assim, o índice de transmissibilidade segue um rumo diferente, e voltou a descer sendo agora de 1,11 a nível nacional e de 1,10 no continente. Na última atualização, feita no início da semana, o Rt era de 1,13.

Ómicron com prevalência de 93% e detetada outra linhagem em Portugal

A variante do coronavírus SARS-CoV-2 é agora responsável por 93% das infeções em Portugal e uma outra linhagem foi detetada com características genéticas semelhantes, anunciou o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

“Desde 6 de dezembro, tem-se verificado um elevado crescimento na proporção de casos prováveis da variante Ómicron, tendo atingido uma proporção estimada máxima (93%) entre os dias 7-9 de janeiro”, refere o relatório do INSA sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2, que provoca a covid-19.

Segundo o documento, aquando da identificação da Ómicron (BA.1) em meados de novembro de 2021, foi detetada uma outra linhagem (BA.2) com várias características genéticas semelhantes entre si e que apresentam um “excesso” de mutações na proteína ‘spike’, muitas delas partilhadas.

De acordo com o INSA, a linhagem BA.2 já foi detetada em vários países, destacando-se a sua crescente proporção entre as sequências genómicas reportadas recentemente pelo Reino Unido e Dinamarca.

Casos ligeiros podem levar a problemas de atenção e memória

Pessoas com infeção leve e que não sofrem nenhum outro sintoma tradicional de “covid longo” podem, ainda assim, apresentar falhas de atenção e memória seis a nove meses após a infeção, segundo um estudo da Universidade de Oxford da Grã-Bretanha.

Questões cognitivas que afetam os níveis de concentração, juntamente com esquecimento e fadiga, são características de “covid longo” – uma condição que afeta alguns após um ataque inicial da infeção – mas não foi estabelecido o quão difundidos os problemas de atenção podem estar após a infeção por covid-19.

No estudo, os participantes que testaram positivo para covid-19 anteriormente, mas não relataram outros sintomas tradicionais de “covid longo”, foram solicitados a concluir exercícios para testar a sua memória e capacidade cognitiva.

Os investigadores descobriram que os participantes tinham mais dificuldades em recordar experiências pessoais, conhecidas como memória episódica, até seis meses após a infeção.

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