Apesar do aumento de contágios na Europa, vários países estão a aliviar medidas. A Dinamarca deixou de considerar a covid- 19 uma doença crítica e vai pôr fim às restrições. Na Alemanha, o debate é agora sobre a vacinação obrigatória, mas nos EUA e Brasil são os internamentos e óbitos que preocupam.
Se a Dinamarca já está em contagem decrescente para o dia em que serão levantadas todas as restrições de combate à pandemia devido ao menor risco da variante Ómicron e ao elevado número de imunizados (mais de 80% com duas doses e 60% com dose de reforço).
Em contrapartida, na Alemanha, devido à baixa taxa de vacinação e ao aumento de casos, mais de 200 mil nas últimas 24 horas, o ministro da Saúde voltou a defender a vacinação obrigatória, medida contestada por centenas de pessoas junto ao Parlamento, onde tem estado a ser debatida.
Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, os contágios diminuíram mas o número de mortes aumentou. O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) diz que nas próximas quatro semanas poderão morrer no país mais de 62 mil pessoas. Além disso, o epidemiologista-chefe da Casa Branca, Anthony Fauci, reitera que a nova variante pode não significar a imunidade de grupo e o fim da pandemia.
No Brasil, o aumento de contágios já está a refletir-se nos hospitais, com a ocupação nos cuidados intensivos da rede pública a superar os 80%.
Mais longe, em Pequim, e a poucos dias do início dos Jogos Olímpicos de Inverno, a tendência também é de aumento no número de infeções, apesar de a China manter uma política de zero casos, com restrições nas entradas no país, quarentenas até três semanas e testes em massa.
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