A semana arranca com mais 21.917 casos e 31 mortes devido ao SARS-CoV-2. O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta segunda-feira indica ainda que os internamentos e a incidência continuam a subir.
Por regiões, foi o Norte a que reportou mais infeções (8.937) nas últimas 24 horas. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo (7.938), o Centro (2.078), o Algarve (796) e o Alentejo (532). Destaque ainda para a Madeira, que registou mais 1.232 casos, e para os Açores (404).
No que diz respeito aos óbitos, a maioria foi registada em Lisboa e Vale do Tejo (17). No Norte, há a lamentar mais seis vítimas, mais três no Centro e Algarve, e uma no Alentejo e outra na Madeira.
Os internamentos subiram nas últimas horas, estando neste momento 1.938 doentes hospitalizados (mais 125 em relação a ontem), dos quais 174 (mais seis) em unidades de Cuidados Intensivos.
Incidência segue a subir mas Rt continua a descer
No boletim desta segunda-feira, os dados da matriz de risco foram atualizados. A incidência mantém, no arranque da semana, uma tendência de subida, sendo atualmente superior a 3840 casos por 100 habitantes quer a nível nacional, quer no continente.
Em sentido contrário, o índice de transmissibilidade (Rt) segue a descer, fixando-se em 1,13. Na última atualização, divulgada na passada sexta-feira, era de 1,19 quer a nível nacional, quer no continente.
“É prematuro avaliarmos se já chegámos ao pico ou não”
O especialista em Saúde Internacional, Tiago Correia, considera que é prematuro avaliarmos se já se alcançou, ou não, o novo pico da pandemia de covid-19 e explica porquê.
O “índice de transmissibilidade (Rt) não está abaixo de um, e tem de estar para mostrar uma descida”, sendo que o que se vê é um “aceleramento mais ténue” – ou uma desaceleração das infeções.
Desta forma, não se esperando um crescimento vertical, “há uma grande dúvida: se o desenho desta curva será igual às anteriores, uma montanha a subir e a descer”.
A dúvida surge, primeiro, porque a variante Ómicron “é mais transmissível, por isso, é de se supor que o nível de transmissão esteja elevado durante algum tempo” e pela redução das medidas restritivas de combate à pandemia, o que aumenta a mobilidade e o contacto das pessoas.
Portugal atingiu marco de 20 milhões de vacinas administradas
Desde que arrancou a vacinação contra a covid-19 em Portugal, no final de dezembro de 2020, já foram administradas mais de 20 milhões de doses.
Um número que corresponde a mais de 8,8 milhões de pessoas com a vacinação primária completa (duas doses), e 3,8 milhões com a dose de reforço.
A grande maioria, 90%, das pessoas com mais de 80 anos já levou a terceira dose e entre os 70 e os 79 anos estão vacinadas 92% das pessoas e nas faixa etária dos 60 aos 69 a percentagem é de 81%.
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