Carlos Robalo Cordeiro, diretor do serviço de Pneumologia do Hospital da Universidade de Coimbra, esclarece que o Paxlovid, um medicamento oral para tratar a covid-19, aprovado pela Agência Europeia do Medicamento, tem eficácia em pessoas em risco de desenvolver doença grave, com fatores de risco.
Em entrevista no Jornal da Meia-Noite da SIC Notícias, explica que funciona através da “eficácia na replicação viral” e que previne a hospitalização e doença grave, por exemplo, em pessoas com doenças oncológicas e transplantados.
“São medicamentos que devem ser utilizados muito precocemente, após o início dos sintomas”, adianta.
Carlos Robalo Cordeiro
O especialista esclarece ainda que se tratam de comprimidos que podem ser tomados duas vezes por dia durante cinco dias.
Carlos Robalo Cordeiro refere ainda, na SIC Notícias, que não vão ser vendidos na farmácia, “pelo menos nesta fase”. Vão estar apenas disponíveis para pessoas com risco de desenvolver doença grave.
Primeiro medicamento oral para tratar covid-19
A Agência Europeia do Medicamento deu luz verde ao primeiro medicamento oral para tratar a covid-19.
O Paxlovid é um antivírico da Pfizer.
A EMA recomenda a utilização do medicamento em adultos que não necessitem de oxigénio suplementar e que não corram risco de ter doença grave.
Os dados de um estudo com doentes infetados demonstraram que o Paxlovid reduz as hospitalizações e mortes por covid-19.
A maioria dos doentes que participaram estava infetada com a variante Delta. Ainda assim, a EMA acredita que o Paxlovid também atua contra a Ómicron e outras variantes da covid.
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