Coronavírus

Teve covid-19 e não sabe qual a variante? Damos-lhe uma ajuda

Sintomas e duração da doenção são diferentes da variante Delta para a Ómicron.

Teve covid-19 e não sabe qual a variante? Damos-lhe uma ajuda

As pessoas que estiveram infetadas com a variante Ómicron da covid-19 costumam ter sintomas diferentes das que estiveram infetadas com a Delta, revela um estudo da King’s College, em Londres. A investigação contou com a participação de mais de 63 mil pessoas.

Apesar de altamente transmissível, a Ómicron provoca doença menos grave e com duração mais curta: os sintomas duram em média de 6 a 9 dias, ao contrário da Delta, com duração de 8 a 9 dias. A probabilidade de internamento era também 25% menor com a Ómicron.

Em relação à perda de olfato, um dos sintomas associados à covid-19, apenas 17% das pessoas que tiveram a variante Ómicron perderam o olfato, contra 53% das pessoas que tiveram a Delta.

Além disso, a investigação revela que a probabilidade de ter febre, tosse e alteração no olfato ou paladar também é diferente consoante a variante, sendo menor com a Ómicron.

A investigação baseou-se em dados de um estudo mais amplo, que contou com 63.002 pessoas. Foram também combinados dados de 4.990 participantes que tiveram covid-19 entre 1 de junho e 27 de novembro de 2021, quando a Delta era a variante prevalente, com informações de 4.990 pessoas, que estiveram infetadas entre 20 de dezembro de 2021 e 17 de janeiro de 2022, quando a Ómicron dominava.

Conclusões da investigação coincidem com quadro nos hospitais

Segundo Tim Spector, um dos investigadores, a equipa apresentou dados ao Governo britânico há cerca de cinco meses, que mostravam que a dor de garganta estava a substituir a perda de olfato nos sintomas mais habituais.

Segundo o The Guardian, o especialista considera que é preciso mais rapidez na comunicação da saúde pública.

Já David Strain, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Exeter, que não esteve envolvido no estudo, diz que as informações da investigação coincidem com o que foi observado nos hospitais no início do ano, quando a variante Ómicron BA.1 dominou. Quando a BA.2 assumiu o controlo, o quadro hospitalar mudou novamente.

“As pessoas estão a permanecer mais tempo internadas e a testar positivo durante mais tempo”, acrescenta.

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