Apesar de não dar concertos desde 2001, de ter estado envolvido em vários processos judiciais por abuso sexual de menores e por dificuldades financeiras, a verdade é que Michael continuava a granjear a admiração de milhares de pessoas.
No primeiro aniversário da morte do "rei da pop" as circunstâncias em que faleceu continuam envoltas em polémica e mistério.
Segundo os tablóides e a imprensa especializada, no dia 25 de Junho de 2009 Michael terá sido vítima de uma overdose acidental de Demerol, administrada pelo seu médico pessoal, Conrad Murray, na sua mansão de Beverlly Hills. No entanto, a acusação de homícidio involuntário deixou o médico na mira das suspeitas, adensando a controvérsia a respeito da morte da estrela.
Há precisamente um ano, Michael encontrava-se a preparar uma série de 50 concertos em Londres, seria um regresso aos palcos em grande, atendendo a que desde 2001 que não dava um concerto. Fontes próximas do cantor revelaram entretanto à imprensa que, por isso mesmo, Michael atravessava um período de grande ansiedade.
Stress e dores
O stress do regresso à estrada e as dores que dizia sentir seriam a razão porque tomava diariamente o analgésico, semelhante a morfina. Mas o que continua por esclarecer é o erro na quantidade de substância administrado. O director artístico da digressão "This is it", Alberto Alvarez, foi uma das últimas pessoas a ver o músico com vida. Nas declarações que prestou disse ter visto Michael de olhos abertos e boca entreaberta, adiantando que Murray terá feito tudo para o reanimar, incluindo respiração boca-a-boca.
As responsabilidades continuam por apurar. O médico continua envolvido num processo judicial interminável e com contornos dificeis de entender. Sabe-se que aguarda julgamento e que enfrenta, neste momento, a acusação de homicídio involuntário.
Manifestações de afecto
A prova de que a música do génio da pop ultrapassa a própria morte são as manifestações de afecto que, um ano depois da morte do músico, se sucedem em todo o mundo.
Na Califórnia, a mãe de Jackson preparou aquela que é tida como a homenagem oficial, inaugurando um monumento ao filho perto da casa de dois quartos onde Michael e os irmãos começaram a cantar.
Outras iniciativas fazem parte das homenagens, mas o prémio de originalidade vai para os japoneses. Em Tóquio foram eleitos os 50 maiores fãs de Jackson - um por cada ano de vida - entre cerca de 10 mil candidatos. Os vencedores passarão a noite na torre de Tóquio rodeados pelos objectos preferidos de Michael oriundos da "Michael Jackson Official Life Time Collection", a única colecção oficial de Michael Jackson.
Morte rentável
Já diz o ditado "queres ser bom, morre ou ausenta-te". Depois da morte do artista, o espólio de Jackson enriqueceu consideravelmente, para benefício dos seus familiares.
A morte de Jackson serviu para que o mundo se recordasse uma vez mais do criador de "Thriller" e as vendas dos discos dispararam, resultando em aproximadamente 346 milhões de euros de lucro, segundo a revista de música Billboard.