Leonard Cohen, 76 anos, era um dos finalistas ao galardão, ao lado da escritora canadiana Alice Munro e do romancista inglês Ian McEwan, e esteve também nomeado ao Prémio Príncipe das Astúrias das Artes deste ano.
Nascido em Montreal a 21 de setembro de 1934, Leonard Cohen é autor de músicas que versam sobre amor, espiritualidade, religião, numa toada de melancolia, cinismo e provocação.
Mas ainda antes de ser conhecido como escritor de canções, Leonard Cohen tinha já ambições literárias.
"Let us compare mythologies", o primeiro livro de poesia, foi publicado em 1956, seguindo-se em 1963 o romance "O jogo favorito", editado em Portugal em 2010, e o de poesia "Flowers for Hitler" (1964).
Em Portugal estão também publicados "Filhos da Neve" e "O livro do desejo", que reúne poemas dispersos escritos ao longo dos últimos vinte anos, alguns dos quais durante um retiro budista de Cohen nos Estados Unidos e na Índia.
Alguns dos poemas desse livro foram adaptados para letras de canções, o que significa que para Cohen a composição musical e a literária se alimentam mutuamente.
"As suas canções revelam uma qualidade literária rara, no mundo da música popular, e a poesia e a prosa demonstram uma profunda musicalidade", sublinha a biografia oficial do músico.
Judeu e monge budista, criador de "Hallelujah", Leonard Cohen esteve 15 anos ausente dos palcos, tendo voltado a atuar em 2008, no âmbito de uma digressão internacional que o fez passar por Lisboa por três vezes, até 2010.
Os álbuns "Songs of Leonard Cohen" (1967), que inclui os temas "So long, Marianne" e "Sisters of Mercy", e "Songs of love and hate" (1971) são dois dos mais importantes da sua discografia.
Lusa