Shomei Tomatsu encontrava-se internado num hospital em Naha, capital da província de Okinawa (sul), tendo a sua morte sido comunicada por familiares.
Nascido em 1930 em Nagoya (centro), Shomei Tomatsu ganhou o gosto pela arte da fotografia em pequeno, tendo, depois de se formar em Economia pela Universidade de Aichi (centro), começado a produzir instantâneos para o grande grupo editorial Iwanami.
Dois anos depois optou por trabalhar como freelance e, em 1959, fundou o grupo "Vivo", em parceria com os fotógrafos Eiko Hosoe e Ikko Narahara.
O livro "Hiroshima-Nagasaki Document 1961", publicado nesse ano em colaboração com outro companheiro de ofício -- Ken Domo -- e que incluía fotografias suas de sobreviventes da bomba atómica que foi lançada sobre Nagasaki, a 09 de agosto de 1945, chamou pela primeira vez a atenção do público e da crítica.
"A sua morte causou-nos um vazio no coração. Através das obras que nos deixou, tentaremos continuar a manifestar a sua vontade", afirmou à Efe, um porta-voz do Museu da Bomba de Nagasaki, o qual alberga uma coleção composta por 614 obras de Tomatsu.
A última grande exposição sobre o seu trabalho foi realizada neste museu, tendo estado patente entre setembro e outubro de 2009, embora a instituição organize pequenas mostras de forma regular.
Segundo os críticos, Tomatsu representou uma importante influência para a geração de fotógrafos que lhe sucedeu, na qual se destacam nomes como Takuma Nakahira ou Daido Moriyama.
Lusa