Última atualização às 12:29
Depois de Souto Moura e de Carrilho da Graça, é a terceira vez que o júri Prémio Pessoa distingue um nome da arquitetura portuguesa.
Manuel Aires Mateus tem 53 anos e é professor universitário em Portugal e no estrangeiro.
"A sua arquitetura é moderna, abstrata e contemporânea, mas parte de uma recolha de formas e materiais vernaculares portugueses, que integra de um modo exemplar", destacou Franscisco Pinto Balsemão:
"A construção de formas e volumes é feita com um caráter inovador, por subtração de matéria, esculpindo vazios, contrariando assim o sentido clássico do projetar. Na obra doméstica e na recuperação de edifício é raro provocar ruturas, mas não cede a mimetismos fáceis, conseguindo estabelecer uma continuidade entre passado e atualidade.
Da sua obra de arquitetura destacam-se a renovação da sede da Ordem dos Engenheiros, no início da sua carreira, ou a mais recente nova sede da EDP, ambas em Lisboa.
Reconhecido a nível internacional, Aires Mateus foi o arquiteto do polo cultural em Lausanne, na Suiça e do edifício flutuante inaugurado este ano em Tours, França.
Na sua 31ª edição, o Prémio Pessoa é uma iniciativa anual do jornal Expresso e da Caixa Geral de Depósitos. Tem o valor de 60 mil euros e representa a maior distinção no país, com vista a reconhecer a atividade de personalidades relevantes nas áreas da cultura, artes e ciências.
O júri integrou este ano Francisco Pinto Balsemão (presidente); Emídio Rui Vilar (vice-presidente); Ana Pinho; António Barreto; Clara Ferreira Alves; Diogo Lucena; Eduardo Souto de Moura; José Luís Porfírio; Maria Manuel Mota; Maria de Sousa; Pedro Norton; Rui Magalhães Baião; Rui Vieira Nery; e Viriato Soromenho-Marques.