"É uma satisfação enorme a seguir ao Prémio Camões de Arménio Vieira. É um grande orgulho para o país, para os dois escritores cabo-verdianos e para a Academia Cabo-Verdiana de Letras", disse David Hopffer Almada à Agência Lusa.
Para o presidente da ACL, a conquista para Cabo Verde do segundo Prémio Camões representa o reconhecimento do "trajeto histórico" dos escritores e da literatura cabo-verdiana.
"Estes dois escritores representam bem essa linha, essa caminhada e o valor dos escritores cabo-verdianos. Estou feliz por Cabo Verde, pela literatura cabo-verdiana e por esses dois cabo-verdianos que projetam Cabo Verde muito mais alto que o vulcão do Fogo", disse.
Germano Almeida foi hoje anunciado como o vencedor do Prémio Camões 2018, após reunião do júri, no Hotel Tivoli, em Lisboa.
Com a atribuição do Prémio Camões é prestada anualmente uma homenagem à literatura em português, recaindo a escolha num escritor cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento "do património literário e cultural da língua comum", segundo o protocolo estabelecido entre Portugal e o Brasil, assinado em junho de 1988, que instituiu o prémio.
"Com este prémio, pretende-se ainda estreitar e desenvolver os laços culturais entre toda a comunidade lusófona, pelo que a este evento se associam os outros Estados de língua oficial portuguesa", sublinhou o comunicado do Ministério da Cultura, que anunciou a entrega do galardão.
O Prémio Camões foi atribuído pela primeira vez em 1989, ao escritor português Miguel Torga e, na mais recente edição, em 2017, foi entregue ao poeta Manuel Alegre.
Lusa