O fotojornalista Mário Cruz tem uma exposição no Museu de Lamas, em Santa Maria da Feira. Para além das fotografias tiradas num dos rios mais poluídos do mundo nas Filipinas, a decorar o espaço está uma tonelada de lixo.
Incomoda entrar na sala. Perturba não só o olhar, mas acima de tudo, a consciência. O lixo pinta todo o cenário da exposição fotográfica de Mário Cruz, no Museu de Lamas, em Santa Maria da Feira. O fotojornalista registou estas imagens desconfortáveis no rio Pasig, nas Filipinas, em 2018.
Uma tonelada de lixo está depositada nesta sala do Museu. Foi a forma mais apelativa que a Basqueiro Associação Cultural encontrou para decorar o espaço e retratar a poluição gravada pelo fotojornalista. Só não tem cheiro, já que todas as embalagens foram selecionadas e lavadas, antes de entrarem nesta sala.
A imagem captada pela lente de Mário Cruz, valeu ao fotojornalista português uma distinção do World Press Photo em 2019. A exposição "Living Among What's Left Behind" - vivendo entre o que é deixado para trás, em português - está inserida no Festival Basqueiral, que este ano, fala de ambiente.
Fica até ao final do Verão, no Museu de Lamas, em Santa Maria da Feira. Em julho e agosto abre também em horário noturno, iluminada, às sextas-feiras, das nove e meia à meia noite.